Minha Casa Minha Vida Impulsiona Vendas de Imóveis em 15% no 1º Trimestre de 2025

Minha Casa Minha Vida Impulsiona Vendas de Imóveis em 15% no 1º Trimestre de 2025

As vendas de imóveis no Brasil cresceram 15% no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado. O destaque foi o programa Minha Casa Minha Vida, que respondeu por 53% dos lançamentos e 47% das vendas no setor. Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), revelando a força do programa habitacional federal mesmo em um cenário de crédito mais restrito.

Alta da Selic não freia desejo da casa própria

Mesmo com a taxa Selic atingindo 14,75% em maio de 2025 — a mais alta em quase 20 anos —, o setor imobiliário demonstra resiliência. De março de 2024 a março de 2025, a Selic subiu de 10,75% para 14,25%, dificultando financiamentos convencionais. Ainda assim, o programa Minha Casa Minha Vida, com juros subsidiados, continua estimulando a busca por moradia.

Segundo Renato Correia, presidente da CBIC, o brasileiro mantém o investimento em imóveis como prioridade, mesmo com o encarecimento do crédito. Já Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, reforça que o sonho da casa própria ainda move o setor de forma significativa.

Programa habitacional deve continuar liderando as vendas

O governo federal atualizou as regras do Minha Casa Minha Vida em 2025, ampliando a faixa de renda das famílias beneficiadas para até R$ 12 mil e estabelecendo uma taxa de juros nominal de 10% ao ano. Essas mudanças devem garantir que o programa siga como o principal vetor de crescimento do mercado imobiliário.

Contudo, a CBIC alerta para um desafio crescente: manter a oferta em linha com a demanda. No comparativo entre o último trimestre de 2024 e o primeiro trimestre de 2025, houve uma queda de 28,2% nas unidades lançadas. Foram 118.324 unidades lançadas entre outubro e dezembro de 2024, contra 84.924 entre janeiro e março deste ano.

Estoque pode durar apenas oito meses

Com base no atual volume de vendas e lançamentos, a CBIC estima que o estoque disponível de imóveis atenderia à demanda por cerca de oito meses, caso não haja novos lançamentos. Esse dado ressalta a importância de políticas públicas contínuas e de estímulo à produção habitacional, sobretudo para famílias de baixa e média renda.

Os números fazem parte dos Indicadores Imobiliários Nacionais, que contemplam dados de 221 cidades em todo o país. O relatório reafirma o papel estratégico do Minha Casa Minha Vida não só no setor de habitação, mas também na retomada econômica e na geração de empregos.

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